Cada um de nós tem uma vida própria. Temos personalidades diferentes e desejos bem distintos…
Tem pessoas que dão mais valor aos bens materiais, por isso aplicam grande parte do que ganham para comprar iPads, iPhones, iMacs das ultimas gerações, dão bastante valor a ter um carro novo, roupas de marca etc…
Tem gente que já não liga muito pra isso, mas parece que o mundo vai acabar no próximo final de semana. Então querem estar em todos os shows, viajar para todos os lugares do mundo, jantar fora em todos os restaurantes, querem ir a todas as festas etc…
Tem gente que é tudo isso ao mesmo tempo. Tem gente que não é nem um nem o outro.
É tudo uma questão de perfil. Não há problema em ser mais materialista ou menos (apesar do estereótipo ruim que erroneamente se atribui à esta personalidade). Você precisa é se conhecer bem. (Há sempre problemas nos extremos, então se você se acha esbanjador ou avarento, aí aconselho mudar de atitude – não é fácil mas é o passo mais importante)
Cada pessoa também tem uma aversão ao risco maior ou menor. Ou seja, mais receio ou ímpeto em aplicar em ativos de maiores riscos.
Só você conhece a fundo os seus desejos, os seus objetivos e nenhum planejador financeiro é capaz de te fornecer uma fórmula mágica, perfeita que se encaixe pra você e pra outros ao mesmo tempo. Ele te dá os instrumentos, mas você constrói!
Apesar disso, é sempre bom olharmos uns exemplos que nos inspirem e nos deem uma ideia de planejamentos financeiros saudáveis.
Por isso, criei 3 personagens fictícios passando por fases diferentes da vida e seus planejamentos financeiros equilibrados, Cláudio, Bruno e André.
Todos eles são bem jovens, estão no início de suas vidas profissionais, são assalariados e conhecem bem Finanças Pessoais. Tem auto conhecimento e elaboraram uma estratégia bem definida. Mas começaram há não muito tempo. Veja um resumo do planejamento financeiro deles.
Alguns comentários sobre o perfil de gastos deles:
– Foram considerados em todos os casos um exemplo de um mês normal de salários deles. Nos meses de 13º, bônus, adicional de férias e recebimento de horas extras, eles investem os 20% do montante adicional e todo o restante eles provisionam nas 6 contas acima de acordo com seus planos e perfis.
– Cláudio ainda não ajuda em casa, Bruno divide todas as contas com seus outros 2 amigos e André raxa meio a meio as despesas de casa com a sua noiva (porque ambos vivem a mesma fase profissional).
– Apenas André tem carro. Por 2 motivos: ele é o que ganha mais e é o que dá mais valor a bens materiais.
– Bruno é o que tem o maior percentual de Gastos Correntes sobre o salário. Isso é normal em algumas fases da vida. Morar sozinho tem seu preço. Mas não é nada que deva o preocupar muito. André, o mais velho, provavelmente passará por isso quando tiver um filho.
– Todos investem 20% das suas receitas líquidas. “Riko, então 20% é o que devemos todos investir?”
Claro que não. Isso depende muito de cada um. O quanto você já tem investido? Quantos anos você tem? Qual seu perfil de gastos? Você está comprando um imóvel próprio? É assalariado? Funcionário Público? Tudo isso (e muito mais) interfere num ideal de investimentos. Varia muito. Mas 20% me parece sim um bom parâmetro para esses 3 perfis.
– Nenhum deles investe em Formação de Patrimônio. Isto porque, como começaram a investir há pouco tempo, ainda não formaram nem uma Reserva de Segurança mínima, que é prioritária em relação ao Patrimônio.
No futuro, voltaremos a esmiuçar um pouco mais as contas desses 3 rapazes. Como distribuem suas provisões? Quanto eles já tem investido? Em que produtos investem? E quanto?
Cenas pros próximos capítulos!
A todos um grande abraço!!