Henriquecer9999999999999999999

Uma correlação básica da economia é que quanto maior a renda, maior o consumo.

Claro que tendemos a imaginar que ao termos mais dinheiro, mais bens poderemos comprar. E todos fazendo o mesmo, supõe-se que, quando o PIB aumenta, o consumo em geral aumenta.

Isso se aplica a maior parte dos casos, mas nem todos…

No contexto atual brasileiro, nesse momento de crise, a maior parte dos empresários está tendo que se virar nos 30 para fazer as contas fecharem no fim do mês.

Paralelamente, existem nichos da economia que estão vivendo uma situação oposta: a crise tem ajudado. São empresas que ofertam produtos e serviços conhecidos como “bens inferiores”.

Bens inferiores são bens substitutos sem a mesma percepção de qualidade que um bem normal e com preços mais baixos. Estas indústrias apresentam uma característica curiosa: a demanda pelos produtos e serviços inferiores aumenta conforme a renda cai – na contramão absoluta do restante da economia.

Para colocar um pouco mais de cor no assunto através de exemplos práticos, imagine (ou lembre da sua adolescência) que você fosse consumidor do vinho Sangue de Boi. Se sua renda aumentar, muito provavelmente você vai substituir o consumo do Sangue de Boi pelo de um vinho de melhor qualidade. Se a renda nacional em geral aumentar, é possível que isto signifique prejuízo para os donos da empresa que fabrica o Sangue de Boi.

Por outro lado, se a renda nacional cair, a demanda por Sangue de Boi pode aumentar, caracterizando o produto como Bem Inferior.

Outros exemplos de bens inferiores podem ser sardinha ou linguiça enlatadas (substitutas de carnes mais nobres), restaurantes populares, cervejas mais baratas, planos de celulares pré pagos… enfim.

A Crise Econômica estimula o consumo de bens inferiores, sendo seu sucesso capaz de causar inveja às indústrias mais tradicionais do mercado.

No momento de expansão da renda, o desafio dos produtores de bens inferiores é agregar valor a sua marca, deixando para trás essa característica. O caso mais emblemático é o das Havaianas, um típico bem inferior que foi capaz de reformar todo o conceito do produto, aproveitando o bom momento econômico até em ambiente internacional. Hoje os chinelos Havaianas não são mais bens inferiores.

Há outros casos, outras tentativas, por exemplo nessas grandes redes varejistas como C&A, Renner etc que tem buscado agregar valor a marca para capturar ganhos de uma classe C em ascensão.

A situação atual do Brasil requer esforços das famílias. O reflexo tende a ser uma briga maior por preços e produtos mais simples…

A todos, um grande abraço!

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