Você já deve ter esbarrado com um tipo desses, considerado por todos uma pessoa super inteligente, sem nunca ter tirado boas notas na escola, nem estudado em grandes universidades, tido bons empregos, se interessado em abrir um negócio ou realizado qualquer grande conquista senão as raras pequenas coisas que poderia fazer com perfeição.
São os “e se…”, e vivem de alimentar a fantasia coletiva de todos que o cercam fazendo-os acreditar que eles “poderiam se dar bem no que quer que fizessem e que só não o fazem por não quererem”. E não querem nada.
Se escondem em sua fragilidade com medo de não serem capazes de alcançar o que lhes é esperado. Preferem fugir dos desafios para não decepcionar os que os consideram “super-heróis”.
Por algum tempo ainda são capazes de despertar algum charme por trás desta covardia.
Ser inteligente não é necessariamente o contrário de ser corajoso. Mas quando se tem coragem, fatalmente essa fantasia da inteligência como um super-poder cai por terra em algum momento. Porque ao contrário dos “pseudo-inteligentes”, o corajoso se joga, se testa, se coloca em situações onde raramente conseguirá sair sem algumas derrotas e muitos arranhões.
O carajoso está disposto a tentar e a perder se for o caso. Ele é humano e aceita isso. Tem disposição para aprender e tentar novamente, a coragem e a virtude de não desistir por mais porrada que venha a levar.
Enquanto o destemido não tem medo, o corajoso teme, mas supera. Ele “vai com medo” mesmo. E é justamente a superação do medo que engradece sua vitória.
Talvez o corajoso estivesse mais para o menino que tirava boas notas na escola, relegado a uma classe menos nobre reconhecido como “apenas esforçado”. É provável que ele tenha se empenhado para cursar as melhores faculdades ou conseguir bons empregos mesmo que a base de muitos dias difíceis, noites sem dormir, muitos esporros, sensações de fracasso e quase desistências. Em tudo, aprendeu.
É este o grande homem ou a grande mulher, o das maiores conquistas. Ironicamente, no fim, demonstrado o seu sucesso, ainda é possível que de longe digam “esse sempre foi muito inteligente, um ponto fora da curva”.
Ao que se ouvisse, responderia com orgulho: “Não, apenas muito esforçado.”
Não é o crítico que conta, nem é o homem que aponta o dedo mostrando o tropeço de um homem forte, ou mostrando onde o bem feitor poderia ter feito melhor.
O crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto está sujo de poeira, suor e sangue; Que se esforça valentemente; Sem desistir.
O crédito pertence ao homem que erra, que fracassa uma e outra vez, porque não há esforço sem erros e fracassos; Quem realmente se esforça para realizar os feitos; Quem conhece o entusiasmo e as grandes devoções; Que se empenha em uma causa digna; e que, no melhor, conhece no fim o triunfo da grande conquista e, no pior, falha, mas ao menos falha ao ousar, ao superar seu máximo, de modo que seu lugar nunca será ao lado daquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota.
(T. Roosevelt, Sorbonne, Paris em 1910.)
Levante e faça! Vá com medo!
A todos, um grande abraço!
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