Virou deflação
O IPCA caiu tanto que, em junho, ficou no negativo. A deflação de 0,23% no mês é a primeira em 11 anos e a maior desde agosto de 1998. No acumulado em 12 meses, o índice ficou em +3%.
O pior motivo
Esta deflação é resultado do alto nível de desemprego e queda no consumo.
Curiosamente, ela mesmo pode ajudar a reverter este cenário já que possibilita a redução da taxa de juros. Mas é fundamental que as reformas estruturais passem no Congresso. Em especial, a da Previdência. E numa boa versão, é claro.
“A casa caiu”
O item habitação variou -0,77% contribuindo fortemente para a deflação. No artigo Preço dos imóveis não reflete a gravidade da crise mostro a forte queda no valor dos aluguéis e a ainda moderada no preço de imoveis à venda.
Alimentação, -0,50%, e Transportes, -0,52%, também tiveram impacto forte no IPCA.
Novo Brasil
A Reforma Trabalhista moderniza as regras brasileiras regulando o Home Office e trabalhos temporários entre algumas outras novas.
Verdade que poderia ser bem mais ampla e profunda mas é um bom começo!
Desculpa ai…
O Brasil hoje tem 13,5 milhões de desempregados ou 13% da PEA. O PIB per capita caiu mais de 10% nos últimos 3 anos. Mas aparentemente para o Temer “não existe crise econômica no Brasil”.
Deve estar tudo bem então.
Pode até cair…
As últimas declarações de Meirelles e as sinalizações de Rodrigo Maia de que manteria a equipe econômica em caso de queda de Temer, acalmaram o mercado. Hoje, os investidores não veem a queda do presidente com tanta gravidade.
Não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você
Lula condenado a 9 anos e meio de prisão. Uns acharam que saiu barato, outros que é perseguição politica.
Enfim, o recado dado é que hoje no Brasil não há ninguém acima da lei.
Fim de uma era?
A condenação do ex-presidente mexeu com os mercados brasileiros: bolsa em alta, dólar em queda. A leitura é que se Lula não for candidato em 2018, a era do populismo no Brasil pode estar próxima ao fim.
Velha, sim. Mas recauchutada
Com a queda no valor das commodities prejudicando emergentes… quem diria, a Europa hoje tem voltado a se tornar a região queridinha dos investidores, segundo o Wall Street Journal.
O principal motivo por trás dessa euforia é a “solução” da crise bancária italiana.
Melhora geral
O desemprego na zona do euro está no menor nível desde 2009. Ao todo, mais de 6 milhões de vagas de emprego foram criadas na Europa nos últimos quatro anos.
Foi plantando…
Mas este avanço não caiu do céu. A melhora é consequência das reformas fiscais e trabalhistas que foram feitas nos últimos anos por uma série de países como Portugal, Espanha e Itália.
Essas que a gente esta precisando fazer no Brasil…
De fora parece fácil, mas nunca é.
Que tal?
Na Espanha, por exemplo, o desemprego chegou a um nível desolador de 26% em 2013. Hoje está em 17%. Ainda é alto, é verdade, mas melhorou bastante e continua caindo.
O PIB espanhol voltou a crescer e num ritmo forte para os padrões do mundo desenvolvido. O FMI prevê que, em 2017, a economia do pais terá o terceiro ano seguido de expansão acima dos 2,5%.
Pero no mucho
A situação ainda varia muito de acordo com a região que a gente olha no continente. Na Baviera, o segundo estado mais rico da Alemanha, o desemprego entre os jovens é de apenas 3,4%. Já na Calábria, sul da Itália, chega a 65%.
A Nova Política
Na França, o Governo cortou despesas no Orçamento de 2018 para acomodar um alívio de 7 bilhões de euros em impostos e ainda cumprir a meta fiscal.
Outras medidas propostas por Macron são reduzir um terço do tamanho atual do Congresso francês e reformar o código de trabalho para dar maior flexibilidade aos acordos entre patrões e empregados.
Uma Reforma Trabalhista já foi feita em 2016 na França de Hollande.
Exemplo para o Brasil
A Exame publicou este mês “O que o Brasil pode aprender com a França, de Macron“. No artigo, a imagem do jovem presidente francês e seu combate à corrupção é contraposta a do representante da velha politica brasileira envolvido ele mesmo em escândalos de corrupção.
Hoje no Brasil não só o atual presidente da República como seus dois antecessores — além de uma penca de altos funcionários públicos — estão respondendo a denúncias de desvios.
Copo meio cheio
Bom… ao menos estão respondendo, não é?
Modinha
Macron é o novo queridinho do mundo. Com sua acensão, a França passou a ocupar o primeiro lugar no ranking mundial de soft power, que mede o poder de um país através de sua capacidade de influenciar o mundo, seja através da diplomacia, da arte e da cultura, da gastronomia etc (tudo, exceto poder militar).
Em segundo no ranking está o Reino Unido, seguido pelos Estados Unidos. Até aí sem surpresas.
O Brasil é o 29º, atrás de Portugal.
1 dígito!
A Selic caiu para 9,25%, menor nível em quatro anos. Quem investiu em títulos pré e indexados no Tesouro nos últimos anos, se deu bem!
Não foi por falta de aviso.
Novo Layout
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A todos, um grande abraço!