Uma das grandes vantagens da democracia é poder falar o que pensa e discutir ideias. Já vou adiantando, antes de qualquer coisa que a política em si não é o foco deste artigo. Cada um deve ter sua opinião e eu repeito, seja ela qual for.
As vezes me dou e sempre me darei o direito de expressar alguma opinião neste sentido também – coisas da democracia – mas o foco do Henriquecer.com é em economia e deste aspecto não posso deixar de falar.
Enfim, uma introdução muito maior que a usual devido ao radicalismo de ambos os lados, que acabam se ofendendo por nada e se sentindo no direito de atacar o outro lado chamando isto de revide.
A ideia é portanto discutir os cenários econômicos no Brasil para o próximos anos e, hoje, os dois candidatos que lideram as pesquisas são Lula e Bolsonaro. É um fato.
Lula-presidente em até certo ponto a gente já conhece. É o PT. De novo.
Bolsonaro não. É uma incógnita.
Ele se auto-denomina o “Trump brasileiro”. Se isso já não fosse o bastante…
Só que uma vantagem que Trump tem é ser um homem de negócios bem sucedido. Com tudo de questionável que possa haver em relação a ele, isto é algo que não dá pra negar: ele representa o empreendedorismo, uma grande virtude americana.
Bolsonaro não.
Ele é adepto a uma corrente econômica conhecida como Desenvolvimentismo Econômico, com um Estado intervencionista e gastador, sinceramente um assunto que é discutido com uma frequência maior do que eu gostaria aqui no blog.
O Desenvolvimentismo foi a corrente dos governos militares que nos levou a décadas de déficit e hiperinflação. Esta foi também a corrente usada por Dilma em seu governo. Idêntica, sem tirar nem pôr. E que novamente nos levou à crise, inflação, desemprego, recessão, e por aí vai.
Politicamente, eles, petistas e eleitores do Bolsonaro, se vêem em lados opostos. Na minha opinião até não são. Radicalismo e populismo estão nas duas faces dessa moeda.
Economicamente falando, que é o assunto principal aqui, a semelhança é muito maior: é A MESMA FACE DA MESMA MOEDA!
Bolsonaro quer ser visto como uma versão brasileira do partido republicano americano. Mas nem isso ao certo ele parece saber o que é. Agora está tentando se vender como liberal, coisa que não é. E não é porque Bolsonaro não é economista. Ele não precisa ser, não tem nada a ver com isto. Basta dizer que a Dilma é. O problema é que quando fala de economia, ele assusta. Quando se diz liberal e defende políticas econômicas nacionalistas, mostra não saber o que liberalismo econômico significa.
Respeito a opinião política de todos os lados (concordar são outros 500).
Mas 2018 vêm aí… e amigos, sobre os candidatos que hoje lideram as pesquisas, acredito que em todos os sentidos, mas especialmente do ponto de vista econômico, o Brasil pode – e merece – mais.
A todos, um grande abraço!