3 Porquinhos

ERA UMA VEZ três porquinhos que viviam na floresta com a sua mãe. Um dia, como já estavam muito crescidos, decidiram ir viver cada um em sua casa e assumir a vida adulta. A mãe concordou, mas avisou-os:

– Tenham muito cuidado, pois na vida adulta também existe o lobo mau, e eu não vou estar lá para vos proteger…

– Sim mamãe! – Responderam os três ao mesmo tempo.

Os porquinhos procuraram bons empregos, assim que o encontraram, cada um começou a viver a sua própria vida.

O porquinho mais novo, que só pensava em lazer, não parava em nenhum dos empregos, reclamava de todos e se achava muito bom para qualquer coisa que fazia. Só pensava nas férias e porque gastava mais do que ganhava, vivia endividado. Sonhava em ficar rico jogando na mega sena e apostando em criptomoedas. 

O porquinho do meio, ansioso para ir curtir com o mais novo, mas ciente de que trabalhar era importante, estava no mesmo emprego sempre. Não gostava do que fazia, mas também não tinha coragem de buscar algo melhor. Achava que o fato de não ter dívidas era sinônimo de sucesso em sua vida financeira.

O porquinho mais velho, o mais ajuizado, lembrou-se do que a sua mãe lhe tinha dito, e disse: – Vou construir a minha casa de tijolos.

Isso significa ser corajoso e resiliente no trabalho. Ter humildade para aprender e colaborar, mas buscar a cada dia ser um profissional melhor, aumentando seu valor no mercado de trabalho. Além de não se endividar, o porquinho mais velho investia para o caso de imprevistos e para sua aposentadoria. 

É claro que foi o que demorou mais tempo “a construir a casa”. Enquanto os seus irmãos brincavam e curtiam, ele trabalhava em seus objetivos. No fim, estava muito orgulhoso do que tinha construído, e só aí se juntou aos seus irmãos para brincar.

Um dia andavam os três porquinhos a saltar, muito divertidos, quando apareceu a crise.

Fugiram, cada um para a sua casa.

O irmão mais novo não resistiu. Endividado, colocou a culpa de seu fracasso nos bancos e no capitalismo. Se sentindo injustiçado, voltou correndo para a casa da mãe e viveu o resto dos seus dias acreditando que sucesso era fruto apenas da sorte.

O irmão do meio conseguiu resistir por mais tempo. Mas ao perder o emprego e ter encontrado dificuldade para se recolocar em meio à crise, aprendeu a importância de buscar aprimoramento profissional e montar um patrimônio sólido o suficiente para enfrentar os momentos de tensão.  

Já o terceiro porquinho passou intacto pela crise. Além de ser um profissional comprometido e cada vez mais qualificado não perdeu seu emprego. Na verdade, como sempre investiu bem seu dinheiro, montou um patrimônio capaz de partir para ser seu próprio chefe.

Uma casa de tijolos não se constrói em um dia, nem em uma semana. 

A todos um grande abraço!

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