Starbucks

30 de abril 2018.

Perninha balançando. Fechamento de mês no trabalho, época puxada… foco, foco, foco. Concentra.

Difícil quando o sentimento é de que se aproxima um dos maiores marcos da sua vida. Hora do almoço, como correndo e vou logo para um Starbucks próximo ao trabalho para terminar as revisões finais do novo livro…

A quel prénom, monsieur?

Henrique. Avec “H”, c’est Portugais, pas Espagnol.

Adoro a atmosfera do Starbucks, esse tratamento diferenciado, pessoal e tudo… mas hoje, cara, na boa… Eu estava com pressa! Ainda tinha muitas coisas para fazer…

É uma sensação única.

A cabeça diz que você acabou de escrever o melhor livro de Finanças Pessoais da história. O coração diz outra coisa… ele está com medo. Dá frio na barriga, mtas dúvidas.

Como assim, o melhor livro de Finanças Pessoais da história, Riko?

Calma aê que já já eu vou explicar…

No caminho de volta para o trabalho, me vem à cabeça…

Como tudo começou

Lebronx

Há exatos 2 anos (30/04/2016), eu e o restante da equipe no escritório lá no Rio de Janeiro, mais precisamente no Leblon, trabalhando no material para o próxima divulgação de resultados da empresa. Ela aconteceria não muito tempo depois disso.

Os chefes tinham partido mais cedo por conta de compromissos pessoais, mas continuavam acompanhando todas as trocas de e-mail pelo seus celulares.

Minha missão era simples: terminar a apresentação e enviar para o CEO da Companhia.

Eu estava um pouco cansado – tinha acordado lá pelas 5h para jogar meu futevôlei antes de ir pro trabalho – mas muito tranquilo, afinal, tudo apontava para a divulgação de resultado mais tranquila e bem organizada desde que eu tinha entrado na empresa.

A verdade é que, até então, época de divulgação de resultados era sempre um caos. A gente trabalhava até umas 4h da manha no dia da divulgação, dava uma passada em casa só para tomar uma ducha rápida e um breve cochilo até voltar… porque as 7:30h da manhã do dia seguinte já tinha que estar todo mundo ali de pé. Prontos para o grande dia: a apresentação dos resultados.

Para quem chegou agora, eu sou Riko Assumpção, tenho 34 anos e sou especialista em Relações com Investidores (vulgo, RI).

O trabalho de RI é a ponte que une o mundo real corporativo ao mundo do mercado financeiro. De dentro do próprio business, você interage com os banqueiros, acionistas, bolsas de valores, órgãos reguladores, entre outros. E lá se faz de tudo, atende telefonema, marca reuniões com investidores, tira dúvidas por e-mail, mantem o site de RI atualizado, faz relatórios sobre o comportamento das ações, do mercado, da base acionaria…

Mas o grande momento é mesmo a divulgação de resultados que acontece a cada 3 meses.

Sabe quando você escuta no rádio que a Vale divulgou lucro recorde, por exemplo? Então, quem trabalha para que isso aconteça é o RI. Tudo só se torna público quando a gente aperta aquele botão num sisteminha chamado Empresas.Net.

Por trás daquilo ali, é um trabalho, por vezes, desumano. Tudo tem que estar minimamente perfeito… mas compensa!

Se você estiver atento, vai descobrir que um erro pode ser o seu maior acerto

Oops

Voltando à minha apresentação lá no PowerPoint. Apresentação pronta, números batidos.

Bom, 5 minutos depois de enviada, sobe a resposta do CEO.

Parabéns toda a equipe pela apresentação ótima!“. Na verdade eu sentia que aquele PPT era um filho meu. Eu tinha enchido o saco de todo mundo ali durante meses tentando convencê-los a pagar um designer para melhorar a apresentação, rever mínimos detalhes, etc. e finalmente eu venci. Ela estava mesmo top!

Reconhecimentos como estes de um CEO de uma empresa gigantesca como aquela nos motiva. É claro! Ainda mais que, honestamente, naquela época eu estava meio frustrado na minha vida pessoal, com alguns planos que não estavam dando muito certo.

Bem, tudo isso na minha cabeça, né?

Quando abri o Outlook, o e-mail na verdade dizia: “Ué, mas o CAPEX não tinha mudado?”

Capex é nome chique de Investimentos, ok?

Cara, na boa… uns números do resultado tinham sido revistos em última hora e eu não ajustei na apresentação. Dei mole, claro. Mas tranquilo, era só um rascunho mesmo e a apresentação ainda estava em modo work in progress.

Mas enfim, meus chefes não pensavam assim.

E o pior, eu sabia disso.

Eu sempre chamei a responsa para mim no trabalho. Sempre tive o hábito de assumir os erros ainda que não fossem meus (embora, neste caso ele fosse meu mesmo).

Junto com o restante da equipe batemos todos os principais números da apresentação apenas para ter certeza de que estava todo o resto batendo. Pronto, vamos lá. Send de novo… e…

puta que o pariu…

Enfim, aquele send mudou minha vida e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ali!!

Encurtando, havia mais um Capex errado escondido mais pro final da apresentação. Não corrigi, levei uma comida do chefe – com razão, por que não? – mas aquele foi o estopim para eu criar a coragem que eu precisava para ir tocar meus objetivos.

Voltei para a casa com muita energia. Estava decidido que, finalmente, iria partir para o meu MBA em Finanças na belíssima universidade de Leeds, na Inglaterra.

Caraleooo… se o Capex naquela página estivesse certo, muito provavelmente hoje eu não estaria aqui onde estou, escrevendo este texto.

Na correria que era a minha vida ali, amigo, o tal “livro mais completo que já existiu sobre Finanças Pessoais” continuaria sem existir.

Às vezes, o que a gente precisa na vida é só de um empurrão… Que nos jogue no lugar exato onde a gente sente que deveria estar.

Casamento

Muitas coisas mudaram depois dali.

Dois meses depois do fatídico Capex errado, pedi demissão, eu e a minha cabeludinha casamos numa praia deserta em Ilha Grande (que foi até notícia no jornal, não acredita? Tá aqui ), 9 meses depois viria a incansável Victória (que naquela época eu achava que se chamaria Sofia, ou ainda, Arthur), fui aprovado nos processos de MBA fora do país que apliquei e saímos do Brasil.

Tudo em pouco mais de 3 meses…

E você deve ter percebido que a moça do Starbucks não falava dos ingleses, o mais britânico… embora esta ainda seja uma outra história.

Fato é que sair do Brasil possibilitou este livro existir, e este frio na barriga existir.

Ao decidir sair do Brasil, eu não apenas ME MUDEI… EU MUDEI.

Me desvencilhei de algumas amarras culturais que eu aconselho a todos se desamarrarem!

São coisas sutis, mas que nos impactam profundamente.

E essa é a história real do “melhor livro de Finanças Pessoais do mundo”.

A mensagem por trás do título é que no Brasil ainda é feio vender.

Cobrar uma pessoa por uma solução que você oferece a ela é mal visto. Sinceramente, é uma mentalidade muito pobre, esta.

Sair deste meio, te faz ver algumas coisas de forma mais clara.

Eu falo sobre tudo isso no primeiro capítulo do livro sobre tabus culturais, mas a verdade é que vender é oferecer aos outros uma solução. Você precisa acreditar que o que você faz tem valor… a menos que sua vida inteira seja vazia.

E se o que você faz realmente tem valor, por que privar as pessoas daquilo?

É que pessoas inseguras não acreditam em si próprias e seriam incapazes de pôr suas mãos no fogo por algo em que elas mesmo fazem. E, no final, acabam criticando aqueles que tem essa cara de pau que requer vir a público promover o que fazem.

Vou te dizer que só o fato de eu mesmo elogiar o meu próprio livro já vai incomodar muita gente, quer ver?

É claro que a história de “melhor do mundo” é proposital. O título é justamente para chamar a atenção a este aspecto cultural.

E algumas pessoas se sentirão ofendidas pessoalmente com isso, acredite.  

E no fim, a gente tem que se orgulhar do que faz, ora!

Ou então, mudar!

Ou é normal alguém chegar em casa um belo dia com a ideia de escrever um livro médio, igual a todos os outros,  sem nada de diferente, e que por vergonha o autor tbm não vai anunciar… 

Ahhhh… Para com isso! Tem que ter vida! Tesão no que faz! Se eu não achasse que era para escrever o melhor nem teria ido em frente e ultrapassado a tal primeira página!

Mermão, eu não nasci assim, mas me orgulho muito de ter desenvolvido isso!

Eu to sempre buscando aprender alguma coisa diferente. Erro para cacete! Às vezes vem na cabeça “Caraleow, Riko! Que que tu foi inventar de se meter nessa furada?” Mas cara, tenho a consciência de que vale a pena.

Respira e vai! Tudo na vida passa… só que o aprendizado fica.

Sobre o melhor livro de Finanças Pessoais do mundo?

É marketing sim! Cara de pau + coragem! E isso, eu aprendi recentemente.

Finanças Pessoais, aprendi há muitos anos.

E este livro é isso: para quem quer conhecimento, mas também inspiração e força!

Tudo em linguagem leve e descontraída, só que com mensagens sérias.

Para quem quiser encontrar seu Capex errado, eu sugiro ler este livro…

Para todos os outros, eu desejo mais uma boa “divulgação de resultados”!

 

E a todos, um grande abraço!

Até a próxima!

Riko Assumpção

Sobre o livro “E se você não morrer amanhã?”:

#3 Best Seller em Finanças Pessoais na Amazon!

Link da versão Kindle (Amazon): https://goo.gl/T9G6jh

PS.: Aplicativo Kindle está disponível para o celular.

Além da Amazon…

a versão impressa no Brasil está disponível em https://clubedeautores.com.br/book/254521–E_se_voce_nao_morrer_amanha#.Wu8xNso680M

Fora do Brasil, as versões Kindle e impressa estão disponíveis na Amazon do país.

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