Vou logo adiantando para você que ainda está na escola que caiu aí de para quedas pelo Google que esse artigo não vai te ajudar na tua prova de história.
É sobre as lições que podemos tirar da Revolução Industrial e aplicar em nossas vidas ainda nos dias de hoje.
É entender as origens da riqueza, o que a cria… para enfim, aplicarmos no nosso dia a dia!
A verdade é muita gente acha que a única maneira de ser rico é nascer em família rica. Vou te dizer uma coisa, amigo: isto é bullshit!
Nascer em família rica pode te ajudar ou atrapalhar, dependendo da sua personalidade. Sinceramente, nada pode parar quem realmente tem sangue nos olhos.
E ainda vou dizer mais: muitas dessas pessoas que acham que só dá pra ser rico nascendo numa família rica jamais seriam ricos de verdade. Não por muito tempo.
Isto porque a riqueza é fruto de uma construção constante e não um dom ou algo pertencente a uma casta específica (apesar de tudo o que há no Brasil neste sentido).
Vou te dizer que a maior parte das pessoas que pensam assim, se nascessem realmente em família rica iriam para praia dia de semana, usariam seu tempo para malhar na academia mais cara do bairro, dariam volta no seu carrão, etc…
É difícil encontrar motivação para passar o dia trancado no escritório para ganhar R$ 3 mil no fim do mês sabendo que mesmo que seu salário dobre, você será incapaz de manter o mesmo padrão de vida que tem.
E mesmo assim um caminhão lotado de gente com grana que se esforça para caralho! Que larga esse glamour de vida de novela e parte para dentro! Rala, rala, rala…
Admiro muito essa galera que nasceu em berço de ouro e ainda assim se motiva a ralar pacas!
Amigos, uma vez escrevi aqui que entendia a tendência esquerdista dos adolescentes… Imagina, com 20 anos, você olha para o lado e vê seu amigo esforçado, inteligente e sério, trabalhando de dia para pagar a faculdade que faz a noite enquanto outro amigo mata aula na faculdade cara bancada pelos pais para sair para beber em seu carrão 0km.
Não há absolutamente nada de meritocrático até ali.
Mas quando você envelhece, as decisões que você toma voltam a você. Você percebe amigos como o da faculdade noturna se dando bem e outros, como o do carrão, perdidos no “não sei o que eu quero fazer da vida”…
Então, você percebe que a vida, no fim, é muito mais justa do que parecia ser quando você era mais novo…
A riqueza é efêmera, cara…
É disciplina e persistência. Mas, acima de tudo: educação.
É preciso aprender o caminho.
E percorrê-lo com inteligência.
E a Revolução Industrial tem muito para nos ensinar nesse sentido.
Em primeiro lugar, o que foi a Revolução Industrial?
A visão marxista vai pintar a Revolução Industrial como a exploração dos trabalhadores pelos capitalistas, já que os últimos enriqueceram muito mais do que os primeiros.
A verdade é que Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase tudo na vida cotidiana da época mudou completamente ali.
Foi a primeira vez que a população mundial começou a experimentar um crescimento sustentado.
“Todos saíram ganhando ali.” é o álibi capitalista.
“Uns ganharam muito mais do outros” é a acusação marxista.
Mas o que fizeram uns ganharem mais? é a pergunta mais produtiva.
Até ali, a economia funcionava mais ou menos assim: se seu pai fosse padeiro, você iria ser padeiro também. Toda a família em geral tendia a seguir a mesma profissão por gerações.
Não se investia muito: você ganhava mais dinheiro, gastava mais dinheiro.
Ponto.

Até que… alguns perceberam que ao invés de gastar tudo o que ganhavam, poderiam juntar uma parte e reinvestir ampliando o negócio.
Com isso ganhariam mais dinheiro.
Opa, que coisa mais inteligente isso! “Seguinte, quanto mais dinheiro eu ganhar, mais posso investir e mais vou ganhar lá na frente”.
Ao invés de ser o padeiro, você contrata alguém para fazer o pão para você.
Tem um custo? Claro que tem! Mas investir é isso.
Saindo do dia a dia do business te possibilita gerenciá-lo melhor, controlar suas finanças, entender que produtos dão mais certo, quais devem ser descontinuados, você consegue desenvolver um troço importantíssimo que se chama Marketing que é como usar a inteligência para aumentar as vendas, etc.
Além disso, você pode melhorar o próprio processo de produção! De longe dos problemas do dia a dia do negócio, as coisas ficam mais claras… você pode focar em aumentar a produtividade dos seus trabalhadores.
As empresas foram entupidas de máquinas que faziam muito mais com muito menos.
Ao se afastar do “must do” do dia a dia do trabalho, foi possível criar muito mais valor…
…e isso é verdade até hoje.
Você já parou para pensar que quanto mais próximo à execução, menos remunerada a profissão?
Pensa na construção de uma casa por exemplo, que é normalmente o bem mais valioso que a gente adquire durante nossa vida. Para uma casa existir é um trabalho enorme de muitos e muitos dias. Mas quem recebe menos ali é geralmente o pedreiro. Muito acima do que ele ganha está o engenheiro que não precisa carregar nenhum saco pesado.
Mas, ainda mais do que o engenheiro, em geral, ganha o dono do terreno, normalmente um investidor.
Quanto mais longe do processo produtivo, maiores serão os ganhos.
Para empreender de alguma maneira você tem que terceirizar a produção. Se afastar do business, não para passar 6 meses de pé para o alto na Tailândia (não de cara), mas para pensar em como otimizar todos os processos relacionados ao empreendimento: da produção à venda.
Tudo!
Foco na eficiência.
Você precisa fazer menos e fazer acontecer mais.
Isso serve para todos nós. Mesmo os não-empresários.
Tudo começa com ter o controle da sua vida, gastar menos do que ganha, depois descobrir que atividades do seu cotidiano pode terceirizar para ter tempo livre para melhorar sua produção (estudando, lendo, procurando outro emprego ou empreendendo) e coragem para pôr em prática.
Quem trabalha muito não tem tempo para ganhar dinheiro.
Don’t hate the game, don’t hate the player…
just learn how to play it…
😉
A todos, até a próxima!
Riko Assumpção
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