Cenário do mês – Julho 2018

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Ressaca

Junho é sazonalmente um mês de inflação baixa. Este foi diferente: 1,26%! A maior para o mês em 23 anos. O principal motivo foi a greve dos caminhoneiros no fim de maio.

O mal nacional

Mais de 13 milhões de pessoas sem emprego… pessoas que buscam uma ocupação, sem uma fonte de renda. O total de desempregados no Brasil supera em 30% a população inteira de Portugal.

O país dos desempregados

O valor corresponde a aprox. 13% da PEA. Só para dar uma ideia, na Argentina e no Chile, que não vão nada bem neste aspecto, são 7%. No México a taxa é de 3,5%.

Nos EUA, está abaixo de 4%, na Alemanha, 3,5% e no Japão 2,5%.

A maior economia do planeta, cada vez maior

O PIB dos EUA subiu 4,1% no 2º tri de 2018 (x 2T17). Embora não tenha surpreendido (veio em linha com a expectativa), o crescimento mostra a força da maior e mais dinâmica economia do planeta.

Ele mora nos detalhes

Só que um grande motivo para o forte crescimento foi a aceleração por parte dos fazendeiros de embarques de soja para a China antes que as tarifas comerciais entrassem em vigor em Julho.

Morde e assopra

Trump voltou atrás na ameaça de sobretaxar os carros europeus. Agora, EUA e UE (União Europeia) trabalham para avançar eliminando barreiras tarifárias a fim de chegar a zerar as tarifas no futuro.

Pressão interna e isolamento internacional (depois de ameaçar guerra comercial com Canadá, México, UE e, principalmente, China) aparentemente fizeram Trump mudar o tom.

Bom para os EUA e para o mundo.

Mas também teve isso

Este mês a UE e o Japão assinaram um gigantesco acordo de livre comércio eliminando tarifas em quase todos os bens que se possa imaginar.

O acordo, segundo o presidente do Conselho Europeu D. Tusk, é o maior acordo bilateral da história. Ele cobre nada menos do que aprox. 1/3 de toda a economia global.

É claro que dá aquela pressão né…

Alívio global?

Com as ameaças de guerra comercial se esvaindo, abre-se espaço para o otimismo econômico global.

No Brasil, Bolsa sobe, dólar cai… enfim… Agora, nos próximos meses, a agenda será política.