Não foi um lobo solitário.
O ataque a Bolsonaro pode até ter sido realizado por um lunático.
Mas ele não estava sozinho.
Nas redes sociais, milhares de outros lunáticos postavam covardias que iam desde pôr em questão a veracidade do ataque à lamentação do candidato ter sobrevivido.
É forte.
Estão todos no mesmo barco.
Adelio é louco. E o mundo está cheio de “adelios”.
Bolsonaro plantou vento.
“A culpa não pode ser da vítima… contanto que a vítima não seja de direita.” Assinado: Esquerda brasileira.
Para eles, é possível defender bandidos dos mais cruéis. Mas não há defesa para quem pense diferente dela… para quem coloque em questão o seu papel como o guardião único de toda a bondade social.
Bolsonaro é o primeiro candidato assumidamente de direita a ter chances de vencer uma eleição desde a redemocratização. E mesmo antes do primeiro turno sofreu um atentado contra sua vida.
Não é pouca coisa.
Não é nenhuma coincidência, como alguns pregam por aí, que todas as experiências socialistas do mundo tenham sido ditaduras. Para a esquerda, adversário é inimigo e divergir de seus valores é ‘discurso de ódio’.
Segundo a ex-presidenta: “quem planta ódio, colhe tempestade”. Uma justificativa ao ataque ou uma ameaça?
História viva
Na semana em que perdemos 200 anos de nossa história para as chamas, temos a oportunidade de ganhar novos olhares para a história.
Para a petista Maria do Rosário, hoje temos uma ditadura no Brasil porque o líder da esquerda, devidamente julgado, foi preso por envolvimento em corrupção e lavagem de dinheiro.
Sua visão de democracia é: o que convém a esquerda.
O impeachment é um mecanismo legítimo de controle democrático.
Em 1992, o PT liderou as ruas para pedir o de Collor. Era a Democracia.
Em 8 anos de Governo Tucano, “Fora FHC” era um exercício democrático.
Em 2016, foi golpe.
Para eles, claro.
Discordar da visão da esquerda, para a esquerda é ditadura. Só que a divergência de opiniões é a definição básica de democracia.
A história como ela é ou como ela é contada?
Não vai ter golpe. Lula preso é golpe. Não temos prova, só convicção.
No partido dos marqueteiros, a verdade que importa é a mentira repetida várias vezes.
O que leva a entender melhor a história
E essa visão que foi construída de que a Ditadura Militar no Brasil era uma pressão de um lado só precisa ser passada a limpo.
Não para defender a ditadura militar. Mas para não se defender nenhum tipo de ditadura.
“Não considerávamos a democracia o sistema ideal. Nós eramos pela ditadura. Nós eramos contra a ditadura militar, mas eramos a favor da ditadura do proletariado. É preciso dizer a verdade toda.” (Eduardo Jorge)
“Os principais ex guerrilheiros costumam dizer que estavam lutando pela democracia. Mas eu não posso voltar atrás, corrigir o meu passado e dizer que estava lutando pela democracia no Brasil. Eu estava lutando contra a ditadura militar mas o nosso programa era a ditadura do proletariado. A luta armada não visava a democracia” (Fernando Gabeira)
Se você já se questionou sobre o porquê da classe média brasileira ter apoiado os militares em 64, os acontecimentos desta semana foram aulas práticas.
O Brasil é uma aula viva.
E com tudo isso, é preciso dizer que tenho fortes divergências de opinião e de visão de Brasil com o candidato Bolsonaro.
Não é o meu candidato.
Mas… e daí?
Não acho que vocês todos precisam concordar comigo… afinal, não compartilho essa visão da esquerda brasileira.
A todos, um grande abraço
Até próxima na continuação com a série 100 ideias para mudar o Brasil.
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PS.: Quando falo de esquerda me refiro a esquerda tradicional brasileira, monopolista da bondade e das verdades do mundo.
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Conheci seu blog hoje e fiquei vidrada. O medo de expor as próprias ideias e ser atacado é real. Segurei a bandeira vermelha em 1989, mas abri os olhos após um certo deputado ter passado seu mandado inteiro sem fazer absolutamente nada e dizer que havia 300 ladrões no Congresso sem ter tomado nenhuma atitude. Muito triste. Não consigo entender o porquê das lições não terem sido aprendidas. Hoje procuro mostrar aos meus alunos o valor do pensamento livre, da necessidade de questionar o que ouvem e veem e da importância de ser apto a oferecer um trabalho de qualidade para ter uma vida decente. Responsabilidade e comprometimento.
Bem vinda Débora! Fico feliz que esteja gostando! Cadastre-se pra receber todo domingo em seu email. Quanto ao pensamento livre, eu concordo. Faz bem. A vida pode se um eterno aprendizado pra quem estiver atento.