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Foi um bom ano para a economia Brasileira?

Não muito…

Abaixo as expectativas sobre 2018, na pesquisa FOCUS realizada em dezembro de 2017 x a última pesquisa da semana passada:

IPCA 2018: 4,02% x 3,69%

Selic 2018: 7,00% x 6,50%

PIB 2018: 2,62% x 1,30%

Dólar 2018: R$ 3,30 x R$ 3,85.

A expectativa quanto ao PIB do país caiu mais de 1,3 ponto percentual e o dólar subiu de R$ 3,30 para R$ 3,85.

E 2019?

A expectativa hoje para o ano que vem é de:

IPCA 2019: 4,03%

Selic 2019: 7,25%

PIB 2019: 2,53%

Dólar 2019: R$ 3,80.

Nada de sensacional…

Risco que vem de fora

Mas toda a recuperação econômica pode ir por água abaixo caso realmente estoure uma crise nos EUA.

No dia 24/12, o Dow Jones caiu 600 pontos na pior véspera de Natal de sua história.

Além disso, o S&P 500 entrou em bear market, uma tendência de baixa, quando cai 20% em relação ao seu pico.

Há um receio de que as inúmeras guerras de Trump possam afetar a economia real. Hoje, o foco são os democratas que se recusam a aprovar a construção do Muro. No passado foram as crises comerciais, com parceiros importantes como o México e o Canadá, e, principalmente, a China.

Mas o que pegou fogo mesmo foi a acusação de Trump de que o Fed (o Banco Central norte americano) seja o maior inimigo na economia norte americana.

Há rumores de que o atual chairman, Jerome Powell, esteja de saída, gerando mais incerteza.

O ano dos EUA

Se 2017 foi o ano da Europa.

Este ano, sem dúvida, foi o ano da economia norte americana. A atividade econômica no país se acelerou, com corte de impostos. A grande questão é: o quão sustentável será um corte de receitas num cenário de despesas crescentes. O mundo torce para que os EUA continuem em ascensão.

Porque qualquer tremor por lá é capaz de gerar um terremoto no mundo inteiro. E o Brasil, frágil como está, é um dos mais vulneráveis de se contagiar.

Além do mundo

O Brasil terá que lidar com desafios internos. O Congresso parece ter o perfil favorável à aprovação de uma Reforma da Previdência. Mas detalhes podem sempre emperrar votações.

O futuro governo não parece, à primeira vista, o mais hábil politicamente.

Joga a favor a popularidade do novo presidente – algo que Temer nunca teve – embora tudo isso possa mudar rapidamente com uns Queirozes da vida…

Para o investidor

Pouco muda.

A Bolsa ainda tem grande potencial de valorização. Com risco alto, claro. Esse é o custo.

A renda fixa paga juros bem menores que outrora. Mas amigos, ainda é alto pra caramba!

O setor imobiliário permanece mais um ano no amarelo. Os preços estão baixos se comparados aos mercados internacionais. Claro, é reflexo da grave crise que passa o Brasil. Mas nada ainda indica que, como um todo, o mercado imobiliário seja atrativo no curto prazo.

Algo que talvez possa mudar ao longo do ano.

No mais

Não esqueça de elaborar suas metas.

Deseje o bem às outras pessoas e ao mundo. Tudo voltará a você.

Um excelente 2019!

Até lá!

Riko Assumpção

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