Paris

Está claro a essa altura para mim o quão o ganho de produtividade é o que nos faz ir além e atingir a maior parte dos nossos objetivos.

Eh o que justifica em outras palavras como Bill Gates e o Zezinho da esquina chegam a resultados tão diferentes mesmo que ambos tenham disponivel as mesmas 24 horas num dia (todos nós diga-se de passagem).

Eficiência no emprego do dinheiro, foco na vida profissional, na vida familiar, nos esforço fisico, no emocional.

Tudo.

Economia não é a busca por poupar o maximo e a qualquer custo, como alguns imaginam (e por isso não gostam, por sinal). A função da economia é de buscar o uso mais eficaz de um recurso limitado que a gente chama de riqueza. Como otimizar o uso do dinheiro para que ele traga o maior nivel de bem estar possivel ao longo do tempo?

E o mesmo racional, percebi naturalmente, pode ser aplicado a outros recursos escassos e importantes na nossa vida, como o tempo e a energia. Ainda tem muito o que aprender e aperfeiçoar, claro, é so o começo deste caminho, mas a verdade é que até aqui, posso dizer que quase tudo o que aprendi nesses anos estudando o dinheiro, pode ser aplicado a gestão do tempo e da energia tb.

Enfim, hoje estou aqui para compartilhar o que observei até o momento. A lista não é exaustiva, mas vamos la.

  1. Qual perfeccionismo?

O defeito campeão das entrevistas de emprego – não só no Brasil, amigos – é o perfeccionismo. Na convicção de que o perfeccionismo não seja encarado como um defeito tão grave assim, 80% dos candidados se utilizam deste “bom defeito”.

Tem uma explicação para isso. O perfeccionismo tem uma face boa e amiga da produtividade e uma nefasta. Se alguém me diz que perfeccionismo é seu defeito, eu, particularmente, acho grave.

O perfeccionismo que te atrapalha é aquele que te bloqueia, que não te faz caminhar ou agir se as condições não forem perfeitas. Como dizem por ai que a perfeição não existe, essas pessoas acabam por não fazer nada. Ou quase nada. A profissão tem que ser perfeita, a faculdade deve ser perfeita, os pais, o país, a esposa/marido, os filhos.

Pessoas infectadas com o perfeccionismo do mal não vão fazer nada que não consigam fazer bem de cara. “Não levo jeito para isso” e pronto, acabou. Elas não aceitam defeitos e erros são confundidos com fraqueza.

E o perfeccionismo dessas pessoas não se limita a pará-las, elas acabam abraçando como missão também parar qualquer outra pessoa que ouse se aplicar em algo que não pode fazer com perfeição, ao menos não no inicio. Críticos da vida alheia de plantão. Tente algo novo e espere risadas e deboches do lado de lá.

Não é por mal, é como elas agem com elas mesmas e como elas veêm o mundo. Um mundo estático, onde elas imaginam que as pessoas ao redor que são felizes o são por terem tudo bem resolvido por trás: familia no lugar, saúde, dinheiro, etc. Como se tudo desse certo para algumas pessoas, como se o resultado de atletas, professionais e empresários de sucesso fosse natural e evidente desde o início.

Você não vai aprender tudo sobre a Bolsa de Valores antes de começar a investir, não vai começar a poupar quando tiver o emprego ideal.

Comece hoje, aja, mesmo que as condições não sejam “perfeitas”. Não há condições perfeitas, e se há, tenha certeza de que elas não são, por definição, duradouras. Se você quiser correr todo dia e não correr em dias de chuva, está claro desde o início que você não vai correr todo dia. Se quiser criar o habito de poupar, mas acha OK se um mês ou outro você tiver uma justificativa para não o fazer, já era.

O perfeccionismo do bem, o que não é um defeito mas uma qualidade, não te para. Pelo contrário, você faz, faz mesmo quando as condições não são favoráveis. Mas você tem na sua cabeça o objetivo de estar sempre melhorando.

A citação de Eduardo Galeano – com a qual começo meu livro E se você não morrer amanhã? – traduz bem o que quero dizer aqui. Vou propositalmente alterar o que ele chama de Utopia por Perfeccionismo (afinal o que o a Utopia no fim?).

O perfeccionismo está no horizonte. Me aproximo dois passos, ele se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos mais.

Por mais que eu caminhe, jamais o alcançarei.

Para que serve o perfeccionismo, ora?

Serve para isso: para que eu não deixe de andar.

Resume bem o fato de que o perfeccionismo do mal é o que te paralisa, enquanto o do bem é o que te faz caminhar.

2. Use a duração da vida a seu favor

Lancei o E se você não morrer amanhã em português. Em inglês, com um conteúdo adicional, troquei o titulo para Life is too short to skip planning (a vida é muito curta para não planejar). Olhando assim, parece que dão mensagens contraditórias, um de que a vida é mais longa que a gente imagina e outro de que a vida é curta. Mas não é o caso.

A maior parte das pessoas – para não dizer todos nós em diferentes graus – cultivam sonhos, mas procastinam quando chega a hora de agir sobre eles porque de alguma forma acreditam que sempre terão a oportunidade de fazê-lo la na frente.

Ironicamente, por outro lado, na hora de colocar um plano de longo prazo em ação, não o fazem porque a vida é curta e a existência do futuro é incerta e nada impede que “você morra amanhã” e seu plano nunca se concretize.

O resultado em comum das duas visões é que se arruma sempre uma justificativa para não agir.

Não é que as visões estejam erradas, afinal. A vida pode sim ser longa ou curta e a gente não têm a menor ideia sobre isso, mas inverter a lógica na hora da implementação é uma decisão muito mais eficaz.

O fato de não durar para sempre não pode te impedir de pôr em prática seus objetivos de longo prazo. Se, de fato, acontecer de você vir a morrer “amanhã”, ao menos morrerá determinado, cheio de vida e de energia. Sinceramente, melhor que morrer desconsertado no sofá da sala reclamando no Facebook dos jornalistas da Globo por criticarem seu político favorito.

Tem gente que vive e morre. Outros, parece que nem sequer vivem.

3. Planeje

Imagine que seu sonho fosse conhecer Paris. Pode ser NYC, Londres, Toquio, pouco importa. E você tem uma viagem marcada para ficar 3 dias lá. Curto, considerando a infinidade de coisas que você quer absolutamente ver e conhecer.

Tantos restaurantes, cafés, museus, parques e esquinas, tantos monumentos que uma vida inteira não seria suficiente. Você quer aproveitar ao máximo a oportunidade e o que você faz? O que a maioria das pessoas faz: um roteiro.

Esse roteiro é o seu plano, e com ele você vai conseguir organizar, estruturar seu itinerário e otimizar o uso do seu tempo limitado. Você vai ter o cuidado de escolher uma atração proxima a outra.

Eh obvio e funciona bem. Ter um roteiro é um bom plano.

Em algumas outras viagem, o objetivo é simplesmente não ter roteiro algum e apenas relaxar e contemplar no seu tempo. Não deixa de ser um plano também.

Ter um plano é saber o que fazer, definir uma direção, é se encontrar. Um acordo consigo próprio.

No entanto, quando a gente fala da nossa vida, a maior parte das pessoas simplesmente não tem plano algum. Não está satisfeito onde está, é cheio de vontades, mas não tem um plano sério para onde ir.

Encare a vida como uma viagem de 3 dias a Paris. Faça um roteiro e determine uma direção.

4. Expanda o seu raio de atuação

Um dos grandes motivos que algumas pessoas não planejam é porque elas não acreditam que a vida esteja nas mãos delas. Ninguém contesta o papel que a sorte ou o acaso têm em nossas vidas.

Mas como disse o famoso golfista, Arnold Palmer, “quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”.

Não que o fato de praticar vai transformar alguém em mais sortudo, é que quanto mais a gente foca no nosso raio de atuação, na nossa capacidade de agir, menos a gente se torna dependente da sorte.

Repito o que um amigo uma vez me disse quando o desejei boa sorte em sua mudança de emprego e de vida para um novo pais. “Riko, sorte todo mundo têm na vida em algum momento, é estatistico. O que a gente faz com ela é o que conta.”

Concentre suas energias no que esta ao seu alcance. O que eu posso fazer para melhorar a situação? Esqueça os outros, esqueça o que você não pode controlar.

“Ninguém pode decidir se vai chover ou não. Mas você pode levar um guarda-chuva.”

5. Esqueça o que você quer fazer

Certamente um dos campeões dos perdidos e o maior amigo da ineficacia é o “não sei o que eu quero”.

Com todo respeito, diga um foda-se para o que você quer. Tire o foco do que te da prazer momentâneo e o direcione para seus objetivos. Defina quem você quer ser e aja de modo a chegar la.

Se seu objetivo é se tornar um maratonista, coloque seu tênis de corrida e comece logo a correr, quer no momento você esteja com vontade de fazê-lo, quer não.

Quer ficar em casa assistindo Netflix e comendo sorvete? F#d@-se!!! “Pode querer”. Soh não pode fazer.

Levanta e corre!

Não foque no que você quer mas sim em quem você quer se tornar e faça o que for necessario para chegar la.

6. Torne a verdade em sua amiga

Seja honesto com você mesmo. O que você não gosta em você? Quais são seus pontos fracos? Faça um inventario de si proprio. Seja duro, mas mantenha a cabeça erguida. Eh normal ter defeitos e fraquezas. Não é vergonha nenhuma.

Vergonha é não admiti-las para si. Viver acreditando ser capaz de escondê-las. Ninguém consegue esconder suas fraquezas por muito tempo. Admitir é importante por 2 motivos:

1) admitir os erros é chave para evoluir e mudar; quando as pessoas já sabem que são deficientes em algo, elas não têm nada a perder tentando melhorar. E se você focalizar em “resolver” esses defeitos, eles podem acabar se tornando sua força, como Bruce Wayne que tinha medo de morcegos e os transformou no simbolo do seu poder.

2) você se torna menos vulneravel à opinião dos outros. Se você ja reconhece naturalmente seus defeitos, alguém lembra-los não te fara mal.

Não conheço o autor da frase, mas é fixada no mural do meu Twitter:

“Keep your shadowns in front of you. They can only take you down from behind”.

“Keep your shadowns in front of you. They can only take you down from behind”.

(Mantenha suas sombras à sua frente. Elas so podem te derrubar por detras)

7. Elimine a palavra culpa da sua vida

Ninguém quer ter culpa de nada. Quando algo sai errado é um tal de fulano que culpa beltrano que culpa o acaso, etc.

Na sociedade que a gente vive, infelizmente, ter culpa é visto como algo vergonhoso.

Assumir a responsabilidade, na verdade, é um sinal de coragem. Lideres são capazes de o fazer. Mas de novo, o trate de forma natural. Procurar culpados é ficar estacionado no mesmo lugar.

Foque na solução, não no problema.

Pouco importa de quem foi a culpa. Se um problema existe, foco em resolvê-lo.

Procure os responsaveis apenas para se certificar que erros não continuem a acontecer. Apenas isso.

8. Priorize o que merece ser priorizado

Stephen Covey dizia que existem 4 tipos de afazeres na “To Do list” de todos nós.

  1. São coisas urgentes no curto prazo, mas que não são necessariamente importantes.
  2. Coisas urgentes no curto prazo, e que são importantes.
  3. Coisas que são apenas para o longo prazo, mas que são importantes.
  4. Coisas para o longo prazo, que não são importantes.

Na hora de priorizar, geralmente a intenção natural é ranqueá-las pela urgência em termos de prazo e não em importância. Um erro.

O item 2 sem dúvida alguma deve ser o prioritário, mas o item 1 em geral serve apenas de distrações e desculpas que nos impedem de por em prática o item 3.

Risque o item 4 da sua vida, e aproveite para levar o numero 1 com ele. Foque no que é importante, não no que é urgente.

Deixar alguns pratos cair de vez em quando é saudavel. Escolha quais pratos devem cair.

Estar ocupado o tempo todo, como gosto de dizer aqui é uma das maiores fontes de ineficiência da vida.

Para um certo tipo de pessoa, o que a mantém longe de seus objetivos é não levantar a bunda do sofa e desligar a p#rra do Instagram para fazer alguma coisa util.

Para outras, o que falta é certamente sentar no sofa e definir claramente suas prioridades.

Segundo Tim Ferriss, para um certo tipo de empresarios a resposta para qualquer problema é sempre fazer mais – seja o que for, faça mais. Se eu tiver um problema, faça mais. Se estou estressado, faça mais. Mantenha-se sempre correndo.

E embora possa parecer lógico aumentar a produção, a atividade indiscriminada é uma forma de preguiça.

Em um nível superficial, estar ocupado é um substituto satisfatório e uma bela desculpa para evitar de fazer um trabalho importante. É muito fácil confundir atividade com produtividade.

Freqüentemente, porém, sentir-se ocupado é o resultado de nadar freneticamente contra a maré. Energia despendiçada puramente em vão. Tem tanta gente que age tanto e de forma tão impulsiva que o seu tempo disponivel todo se dissipa ao ter que resolver os problemas que ela mesmo criou. E vivem constantemente ocupadas.

Não é que você não tenha tempo. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo. A cada dia, seja você o Richard Branson ou você mesmo. É como você aloca esse tempo que determina como será sua vida.

Em vez de simplesmente fazer mais, seja estratégico sobre como você gasta seu tempo.

Se você sente que não tem tempo, na verdade, você provavelmente apenas não tem prioridades.

9. Acredite no poder da transformação

Meu primeiro contato com o Snowboard foi, digamos, melhor que a média. Na primeira e unica aula de Snowboard que fiz, me sai melhor que os demais. “Tenho jeito”, pelo visto. Meu camarada Bernardo, ao meu lado, não teve a mesma sorte e mal conseguiu ficar de pé.

Avance o filme em apenas algumas semanas e enquanto eu trabalhava em desenvolver melhor meus carves, Bernardo dava saltos e exibia maior desenvoltura sobre a prancha.

O que houve? Ele treinou todos os dias desde nossa aula juntos e melhorou. Não só se tornou um melhor snowboarder que eu, mas me ensinou algo que mudou minha vida.

Talento? F¤d@-se também. Não é que eu não acredite mais em talento natural ou qualquer coisa assim. Eh que não é relevante. A competição que motiva é consigo proprio. Seja a melhor versão que você pode ser.

Entre Carol Dweck e Malcom Gladwell, a interseção é que, apesar do talento ser importante, seu valor não chega nem perto do valor da prática.

Gostamos de pensar em nossos campeões e ídolos como super-heróis que nasceram diferentes de nós. Não gostamos de pensar neles como pessoas relativamente comuns que se tornaram extraordinárias.

Porque acreditar que ser bom é algo natural, que nasce contigo é cômodo. Se você não fizer nada de extraordinario na vida está OK. De certa forma, a culpa não é sua, você nasceu assim e não há o que fazer para mudar.

Acreditar que extraordinario é algo que a gente pode alcançar através de esforço é uma verdade mais dura e impactante. Quer dizer que a responsabilidade é sua e que se você não fez nada de espetacular é porque você resolveu não levantar a bunda do sofá e se esforçar o suficiente.

E não importa qual seja sua habilidade, o esforço é o que liga essa habilidade e a transforma em realização.

Por que perder tempo provando repetidamente o quão bom você é, quando você poderia estar melhorando de fato? Por que ocultar deficiências em vez de superá-las? Por que procurar amigos ou parceiros que apenas reforçam sua auto-estima, ao invés de te desafiarem a crescer? A paixão por se esforçar e se manter firme, mesmo (ou especialmente) quando não está indo bem, é a marca registrada da mentalidade construtiva. Esta é a mentalidade que permite às pessoas prosperar durante alguns dos momentos mais desafiadores de suas vidas.

10. Se Joga!

Abrace a vulnerabilidade, aquele momento na vida que dá um frio na barriga, medo absurdo e você se pergunta “o que estou fazendo aqui?”. Apenas apareça e dê o seu melhor.

Há momentos na vida em que a gente se sente testado. Nunca é uma situação confortável sentir a necessidade de se provar. O resultado deste teste é imprevisivel. Quando me confronto com essas ocasiões, sempre lembro a mim mesmo que é melhor ser corajoso que defender um determinado status escondido numa zona de conforto.

O que as pessoas mais corajosas fazem em comum é se colocar em uma posição vulnerável. Eles abraçam a vulnerabilidade! Eles não são extraordinarias, pelo contrário, apenas não tem medo de mostrar suas fraquezas. Eh OK ter defeitos.

Vulnerabilidade não significa ganhar ou perder. É ter a coragem de aparecer mesmo quando você não pode controlar o resultado final.

E claro, não pode faltar o meu texto favorito.

Não é o crítico que conta, nem é o homem que aponta o dedo mostrando o tropeço de um homem forte, ou mostrando onde o benfeitor poderia ter feito melhor.

O crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto está sujo de poeira, suor e sangue;

Ao homem que se esforça valentemente; Sem desistir.

O crédito pertence ao homem que erra, que fracassa uma e outra vez, porque não há esforço sem erros e fracassos;

Que realmente se esforça para realizar os feitos;

Que conhece o entusiasmo e as grandes devoções;

Que se empenha em uma causa digna;

E que, no melhor, conhece no fim o triunfo da grande conquista

E, no pior, falha, mas ao menos falha ao ousar muito, ao superar seu máximo,

De modo que seu lugar nunca será ao lado daquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória, nem a derrota.

(T. Roosevelt, Sorbonne, Paris em 1910)

11. Adote a organização

A organização pode parecer chata. Planejar, criar metas, acompanhá-las, arrumar sua gaveta, fazer a cama… bla!

Soa como chatice, eu sei.

Mas acredite, a organização serve para justamente o inverso. Eh um instrumento para aumentar sua produtividade, ela te libera de uma série de esforços em vão. Quem vive pensando em dinheiro é o cara desorganizado, com divida no banco. Quem vive lamentando não ter tempo é quem não planeja, não prioriza. Quem vive arrumando desculpas por nunca se mover para alcançar seus objetivos…

Tome o controle da sua vida. A organização não é o veneno. Ela é o antidoto.

A todos, um grande abraço e até a proxima.

Riko Assumpcao

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