Cenário no mundo
- O ano começou mais uma vez agitado com a invasão do Capitólio nos EUA e o pedido de Impeachment de Trump nos seus últimos dias na presidência. Talvez um último suspiro – esperamos – desses extremismos políticos (e sociais) que temos visto por ai.
- Biden vai ter um desafio grande pela frente, assim como grande parte das grandes potências econômicas do Ocidente. Não vai ser fácil recuperar a economia depois desse baque de 2020 e 2021.
- Por outro lado, a vacinação avança no mundo e traz esperança. Se hoje ninguém mais acredita que tudo isso acabará um dia totalmente (aliás, quem afirmava em Mar/20 que a crise sanitária poderia durar anos era tachado de pessimista – mesmo por quem vos escreve, admito), mas ao menos temos o sentimento de que muito em breve o pior terá passado.
- Falta um último desafio que são essas variantes e as dúvidas em relação a eficácia das vacinas contra elas. Na Europa, a maior parte dos países reconfinou.
- No UK, em particular, a situação é tensa. A Alemanha, que na primeira onda passou quase intacta comparado aos vizinhos, dessa vez sofre muito mais.
- Na França em contrapartida, a situação ainda parece sob controle – bem diferente dos demais, e a dupla Macron-Castex decidiu por evitar um novo confinamento contrariando a pressão da comunidade médica (por enquanto é mantido o toque de recolher às 18h). Mas todos atentos e se os números piorarem vai ser difícil evitar.

Cenário no Brasil
- A vacina chegou ao Brasil… e chegou chegando! Mais de 1 milhão de pessoas vacinadas em poucas semanas é sem dúvida alguma remarcável.
- A polarização política não tem limites. Para uma parte da população tudo vai mal e é culpa do Bolsonaro; para outra, o que vai mal é culpa de terceiros e o que vai bem é mérito de Bolsonaro. Para o próprio Bolsonaro, ele não têm responsabilidade por nada de ruim que ocorre no Brasil, mas o que antes era a vaChina de Doria virou rapidamente a “vacina do Brasil, não de nenhum Governador”. E a indescência política, o extremismo no Brasil ultrapassa ao meu ver os limites do absurdo. A falta de respeito, de lógica, de seriedade… parece alucinação!
- Além disso, quem sonhava com ortodoxia, acordou com um Bacen expansionista mantendo a Selic a juros reais negativos.
- Quem sonhava com Estado Mínimo, este mês recebeu a ducha de água fria com a demissão de Wilson Ferreira da presidência da Eletrobras, deixando sua privatização mais distante.
- Quem sonhava com a melhor gestão da coisa publica, se deparou uma bela manhã com o pedido de Bolsonaro para demitir o CEO do BB, André Brandão, pelo seu Plano de Restruturação do banco, apenas poucos meses após assumir o cargo.
- O liberalismo de conveniência mostra suas caras… e gera desconfiança geral.
- A questão é que a pandemia pega o Brasil numa situação econômica muito frágil, e enquanto cada um defende o seu e aponta o dedo para o outro, nenhuma reforma real avança. O tempo está passando e a situação é insustentável. Este mês, o FT publicou o artigo Pandemic pushes Brazil’s finances to the brink.
Mundo de Investimentos
- A quantidade de investidores PF nas Bolsas de Valores globais disparou nos últimos anos. Recentemente, nos EUA, um grupo deles descobriu o “short squeeze” e decidiu força-lo artificialmente para atacar as instituições que apostavam na queda do valor das ações da empresa americana de video game GameStop. Como resultado, os vendidos se viram forçados a comprar as ações criando altas totalmente fora do normal.
- No Brasil, alguns estão buscando replicar o fato. Mas vamos lá, manipulação de preços não é novidade… mas é que dessa vez são os sardinhas e não os tubarões que estão no controle.
- Investir tem se tornado cada vez mais difícil com as taxas de juros baixas e a crise econômica. Imóveis tem um grande potencial no médio-longo prazo, mas enquanto a economia não decola e os juros de financiamento imobiliário se mantém tão acima do CDI, isso dificilmente vai acontecer.
- Finalmente, a Poupança não é tão ruim quanto parece, as ações são inconturnáveis, assim como o Tesouro IPCA. E mesmo que ao meu ver o dólar hoje esteja supervalorizado, manter uma parte do patrimônio numa moeda mais forte como o dólar ou o euro é uma boa proteção.
Um grande abraço e te vejo em Fevereiro!
Riko Assumpcao
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