E se você não morrer amanhã?

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Se você não mudar, não evolui e vai passar a vida inteira sendo a mesma pessoa, sem nada aprender, sem nada mudar! Tipo a Gabriela da música que “nasceu assim, que cresceu assim…” e ficou assim pelo resto da vida dela. Pobre Gabriela.

Nós não podemos criar um futuro que inicialmente não imaginamos.

Não é o que a gente é por dentro que nos define, mas sim o que a gente faz. Nós somos um reflexo direto das nossas atitudes.

Quando a gente identifica uma característica nossa como fraqueza, a gente se esforça para mudá-la. No caminho, ela pode acabar se tornando nossa força.

É comum a visão de que se alguém não tem dinheiro, a culpa é do chefe que não deu aumento, dos pais que não deram a educação necessária, dos bancos que cobram juros exorbitantes, dos políticos corruptos, e por aí vai. A culpa nunca é nossa. E ela nunca é nossa porque para assumirmos a culpa, antes temos que nos sentir responsáveis por algo. Pode alguém ser mais responsável pela nossa vida que nós mesmos?

Profissionalmente, na minha vida pessoal, em tudo, eu uso uma filosofia bem prática e simples de aplicar: foco na solução e não no problema. Você tem um problema? De que adianta ficar vivenciando aquilo, pensando, se lamentando o tempo todo? O foco é: como resolvê-lo? Esquece de onde ele veio, quem causou, de quem foi a culpa la la la la. Resolve e pronto. Não tem mais jeito? Então, está resolvido. É melhor gastar energia com coisas produtivas.

O que você está produzindo atualmente em sua vida para trocar por todas estas coisas que você consome todos os dias?

O valor do dinheiro é o quanto em termos de bens e serviços se pode trocar com ele. São os bens e serviços que dão o valor ao dinheiro e não o inverso.

Troque sua mentalidade de competição pela de inspiração. Qualquer pessoa em sua vida será uma nova fonte de inspiração e de aprendizado que pode ser usada para que você chegue mais longe.

Vencer a si mesmo é a maior vitória que alguém pode conquistar.

O pessimista reclama do vento, o “otimista preguiçoso” é o que acredita que ele vai mudar de direção. E o “otimista mãos à massa” é o que ajusta as velas.

Muitas “oportunidades” não passam de distrações. Pense sempre em termos relativos. Uma passagem ao Caribe por mil reais pode ser tentadora. Mas se tudo o que você tiver de reserva for estes mil reais, isso significa usar tudo o que você tem. 100%!

Muitas vezes, o melhor é mesmo deixar “oportunidades” passarem. Se você se preparar bem, poderá aproveitar outras no futuro. E mesmo que não venham a existir da mesma forma mais lá na frente, não se preocupe. Você provavelmente nem precisará mais delas.

Em relação aos que fazem uso constante da desculpa “e se eu morrer amanhã ou depois?”, mais do que a falta de otimismo ou imprecisão estatística, o que mais me surpreende é a visão egoísta de quem acredita que consumir imediatamente o pouco que construiu seja um mecanismo de defesa contra o risco de partir da vida sem nada levar consigo. É o medo de deixar para outros o que foi construído por ele. A resposta, tola ao meu ver, é não construir nada. Porque grandes conquistas precisam de grandes esforços. Leva tempo. A minha visão de mundo nunca foi esta. Entre a possibilidade de morrer tentando construir algo de valor e viver a vida inteira sem nem tentar, eu fico com a primeira.

O orçamento serve para isto, ele nos dá uma ideia clara do que é preciso fazer para se alcançar o objetivo que se quer.

A verdade é que se dá muito mais valor ao que se vê. O controle financeiro transforma poupar e investir em algo material, concreto ao invés de uma simples abstração. Isso muda tudo. A partir do momento em que se há uma consequência palpável e positiva como resultado de um sacrifício, ele passa a valer a pena e você estará motivado a alcançá-lo!

O futuro não se prevê, se constrói.

Agora você pode estar pensando “o que acontece se não sobra nada no final do mês”? Se não sobra???? Como assim, “sobrar”? Dinheiro não sobra para ninguém, meu amigo. Algumas pessoas decidem o que vão fazer com ele, assumem a responsabilidade, outras preferem se ver como meros coadjuvantes na própria vida. Dinheiro não sobra de forma mágica. É sua responsabilidade poupar. Mas as contas consomem tudo o que ganha? Reduza as contas. Não quer? A decisão é SUA.

Nossa vida não é fruto do acaso, é resultado dos nossos esforços ao longo do tempo. É preciso disciplina, paciência e dedicação.

Um homem que ganha R$ 2 mil dirá que não é possível poupar, um que ganha R$ 4 mil dirá o mesmo. No entanto, como faz o homem que ganha R$ 2 mil para viver com este valor que o que ganha R$ 4 mil não é capaz de fazer?

Todos sabemos que a vida é feita de altos e baixos, cabe a nós nos prepararmos durante os momentos de bonança para os momentos mais difíceis que podem sempre vir. A hora certa de consertar um telhado quebrado é quando o sol ainda está brilhando.

Ter tempo disponível é mesmo importante. Só que não se trata de um direito inato e sim de uma conquista. E mesmo que trabalhar seja extremamente importante e honroso, o melhor é trabalhar apenas porque deseja e com o que deseja. Produzir é importante, nos faz sentir útil. Só que uma coisa é trabalhar porque quer, por uma decisão ou por prazer. Outra, totalmente diferente é trabalhar porque você precisa ou não tem escolha. No início ninguém tem. Mas viver a vida inteira desta forma é sim uma escolha.

A disciplina é extremamente necessária nesse processo, mas saiba que em alguns momentos o trem pode acabar descarrilhando, independente de o quão disciplinado você seja. Principalmente no início, enquanto as coisas ainda não estão 100% nos trilhos. Algumas pessoas acabam interpretando qualquer erro ou omissão no controle financeiro como falta de disciplina e acabam por se desmotivar. Então, não desista. Não se desespere. Vá com calma, mas siga em frente, sempre.

Muitas vezes, o mais difícil é apenas começar. É preciso dar o primeiro passo antes de conseguir enxergar todo o caminho. Apenas dê o primeiro passo. Agora.